10 de abril de 2013 - 16h39
A presidente da Sociedade Portuguesa da Medicina da Reprodução lamentou hoje a morte do “pai” da Fertilização In Vitro (FIV), o britânico Robert Edwards, considerando que esta é “uma perda muito grande para a ciência e para a humanidade”.
“Não surge um Robert Edwards em cada século”, disse Teresa Almeida Santos, sublinhando a atualidade das técnicas em que este Nobel da Paz (2010) foi pioneiro e que ainda continuam a ser aplicadas, nomeadamente a FIV.
Graças ao trabalho de Robert Edwards com o colega Patrick Steptoe, na área da medicina da reprodução, nasceu, em 1978, o primeiro “bebé-proveta”, a britânica Louise Brown.
Desde então, milhares de crianças nasceram em todo o mundo graças a esta técnica, que foi aplicada em Portugal pela primeira vez em 1986, no Hospital de Santa Maria, pela equipa do médico António Pereira Coelho.
Teresa Almeida Santos lembrou que, após o trabalho de mais de quatro décadas na área da medicina da reprodução, Robert Edwards manteve-se sempre muito ativo, dirigindo publicações e acompanhando investigações.
“As suas ideias – inicialmente extremamente revolucionárias – demonstraram a sua consolidação nos tempos seguintes”, disse, acrescentando que hoje em dia “não há qualquer dúvida sobre a necessidade da sua aplicação”.
Robert Edwards morreu hoje, aos 87 anos.
Lusa