A taxa de mortalidade infantil em 2018 foi 3,2 óbitos por mil nados vivos (2,7 em 2017), o mesmo valor observado em 2016, indicam as "Estatísticas Vitais 2018", do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo os dados do INE, o valor mais baixo desta taxa tinha sido registado em 2010, com 2,5 óbitos infantis por mil nados-vivos.

Analisando os dados desde 2010, verifica-se que foi nos anos de 2011 e 2012 que se registou o maior número de mortes em crianças menores de um ano (302 e 303, respetivamente).

No ano passado, também se observou um aumento no número de total de óbitos de pessoas residentes em Portugal: 113 mil, mais 3.242 do que em 2017, o que representou um aumento de 3%.

Do total de óbitos, 56.694 eram homens e 56.306 mulheres, tendo a maioria 65 e mais anos de idade, referem as estatísticas.

Em 2018, nasceram vivas 87.020 crianças de mães residentes em Portugal, um valor que traduz um acréscimo de 1% (866 crianças) relativamente ao ano anterior.

Da conjugação do número de nados-vivos e de óbitos registados em 2018 resulta, pelo décimo ano consecutivo, um saldo natural negativo, que atingiu – 25.980.

DGS não sabe porquê

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou que não foram identificadas causas que expliquem o aumento da mortalidade infantil em 2018, tudo indicando que será um fenómeno multifatorial.

Dados da Direção-geral da Saúde (DGS) indicam que a taxa de mortalidade infantil foi no ano passado de 3,28 mortes por cada mil nados vivos, quando em 2017 tinha sido de 2,69 e em 2016 de 3,24. Segundo Graça Freitas, os dados foram analisados por peritos que não identificaram causas para este aumento. “Todos os peritos que foram consultados foram unânimes, olhando para todos os dados não conseguiram identificar nenhuma associação causal e tudo indica que o fenómeno da mortalidade infantil será multifatorial e que os perfis da grávida e das gravidezes parecem estar a sofrer alterações no nosso país”, afirmou.

Para a diretora-geral da Saúde, isto implica “uma pressão evidente sobre os próprios limites biológicos bem como sobre os recém-nascidos e os cuidados da mulher”.