Em declarações à agência Lusa o autarca Nuno Gonçalves disse que a situação é “má” no Centro de saúde de Torre de Moncorvo (CSTM) devido à falta de dois médicos. Especificou que o quadro de pessoal médico comporta cinco profissionais, só estando a exercer três.

A situação poderá piorar a partir de dezembro, altura em que o CSTM vai funcionar só com dois clínicos, devido ao período de férias de um.

"Será incomportável e impossível o funcionamento a partir de dezembro do CSTM só com dois clínicos, já que um vai gozar um período de férias. Espera-se uma solução imediata por parte da Unidade Local de Saúde do Nordeste, visto que houve uma reunião entre o Executivo municipal e Conselho de Administração da ULS" indicou o autarca.

Segundo Nuno Gonçalves, a população do concelho de Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança, "está bastante envelhecida" e com a entrada do inverno "as situações de saúde complicam-se", num concelho com cerca de 9.000 habitantes.

"Pensamos que a partir do mês de fevereiro, a situação ficará resolvida", crê, contudo, o autarca.

Em resposta enviada por escrito à Lusa, a Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste também apontou para a resolução do problema, esclarecendo que está a desenvolver "todos os esforços" nesse sentido.

A ULS do Nordeste detalha que criou condições para que o Centro de Saúde de Torre de Moncorvo "pudesse contar com o apoio temporário" de três médicos alocados ao Centro de Saúde de Mirandela.

"Esta medida permitirá assim dar resposta às atuais necessidades dos utentes do CSTM. Deverá, no entanto, estender-se apenas até ao início do próximo ano, altura em que a ULS do Nordeste tem prevista uma solução definitiva, com a colocação, já prevista, de dois médicos no quadro daquele Centro de Saúde”, concluiu fonte da ULS do Nordeste.