“Nas últimas 24 horas testamos um total de 174 casos suspeitos, dos quais 170 revelaram-se negativos e quatro foram positivos”, declarou Rosa Marlene, falando durante a conferência de imprensa de atualização de dados sobre a covid-19 no país.

Os quatro novos casos estão ligados a uma investigação sobre as ramificações de um primeiro caso de infeção pelo novo coronavírus anunciado a 02 de abril, descoberto em Afungi, Cabo Delgado, na área do projeto para a exploração de gás no norte do país – liderado pela francesa Total.

Dos quatro doentes, todos trabalhadores da Total, três são de cidadãos moçambicanos e um sul-africano, com idades compreendidas entre 30 e 45 anos.

Apenas trabalhos essenciais estão a ser realizados nas obras do megaprojeto para exploração de gás liderado pela Total no norte, após descoberta de novos casos de infeção pelo novo coronavírus no local.

As autoridades esperam concluir hoje os testes a todos trabalhadores da Total em Afungi.

No total, Moçambique fez 3.923 testes e o rastreio de 624.559 pessoas provenientes do estrangeiro, das quais 13 mil foram submetidas a quarentena e 1.476 continuam a ser acompanhadas.

Dos 91 casos, 68 são cidadãos que estão na província de Cabo Delgado (Norte) e 5 na província de Maputo e 18 na cidade de Maputo.

O país vive em estado de emergência desde 01 de abril e até final de maio, com espaços de diversão e lazer encerrados, proibição de todo o tipo de eventos e de aglomerações, recomendando-se a toda a população que fique em casa, se não tiver motivos de trabalho ou outros essenciais para tratar.

Durante o mesmo período, há limitação de lotação nos transportes coletivos com obrigatoriedade do uso de máscaras, as escolas estão encerradas e a emissão de vistos para entrar no país está suspensa.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 276 mil mortos e infetou mais de 3,9 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.