No final do Conselho de Ministros, na terça-feira, o porta-voz e vice-ministro da Saúde moçambicano, Mouzinho Saíde, afirmou que 30% das vítimas mortais de acidentes de viação morreram no local do desastre pelo que a criação do novo Serviço de Emergência Médica de Moçambique (SEMMO) visa reverter essa situação.

"Este Serviço de Emergência Médica de Moçambique foi aprovado de modo a garantir uma melhor gestão, coordenação, condução, regulação e formação relacionada com um sistema de emergência médica integrado", afirmou Saíde.

No âmbito da iniciativa, prosseguiu o porta-voz do Conselho de Ministros moçambicano, o Governo vai comprar hospitais-ambulâncias e, numa primeira fase, o SEMMO será implementado em Maputo, onde funcionará o centro de coordenação, expandindo-se, posteriormente por todo o país.

Moçambique tem elevados índices de sinistralidade rodoviária e é apontado por relatórios internos e internacionais como um dos países mais perigosos para conduzir.

As más condições das estradas, deficiente estado mecânico dos carros, condução em estado de embriaguez e altos níveis de corrupção na polícia são apontadas como as principais causas dos desastres nas estradas moçambicanas.

Estima-se que pelo menos cinco mil acidentes de viação são registados anualmente em todo país, provocando prejuízos de 100 milhões de dólares (91 milhões de euros) em prejuízo para o país.