“É verdade que nalguns ACES [Agrupamento de Centros de Saúde] e nalguns centros de saúde nós temos dificuldades até de horário de funcionamento, não por falta de médicos ou enfermeiros, mas por falta de assistentes operacionais”, afirmou o ministro na comissão parlamentar de Saúde, onde está a ser ouvido.

A questão da evolução dos recursos humanos foi levantada pela deputada do PCP Carla Cruz, uma situação que Adalberto Campos Fernandes disse estar a acompanhar “com preocupação”.

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“Temos feito um esforço grande ao nível de médicos e de enfermeiros, mas a nível de assistentes operacionais ainda estamos atrasados na recomposição das necessidades que temos nas diferentes unidades”, disse.

Segundo o ministro, o objetivo da contratação destes profissionais ainda não foi conseguido.

250 ou 260 assistentes operacionais recrutados

Nos últimos dois meses “teriam sido recrutados mais cerca de 250 ou 260”, mas ainda “é insuficiente”, reconheceu o ministro da Saúde.

Dirigindo-se a Carla Cruz, Adalberto Campos Fernandes disse que tem a mesma visão que o PCP sobre a qualificação dos recursos e sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“A única divergência que temos é sobre a velocidade dessa recuperação e sobre a capacidade de resolver mais depressa problemas que estão atrasados”, sublinhou.

Mas “totalmente diferente é fazer ataques sistemáticos e diários ao SNS para o denegrir e para o diminuir, omitindo a verdade e omitindo o esforço que está a ser efeito nos últimos dois anos”, sustentou.