“A preocupação de equilíbrio do Ministério da Saúde mantém-se e é aquela que referi nos últimos dias diversa vezes: naturalmente que há interesse em proporcionar melhores condições de trabalho aos profissionais, mas com preocupação com a sustentabilidade financeira do SNS”, disse Marta Temido.
Questionada sobre as exigências dos diversos profissionais do setor com greves agendadas para final de outubro e para novembro, a governante sublinhou: “Não nos podemos esquecer que, além dos 29.000 profissionais a mais que temos desde 2015, há este ano mais um reforço de 700 milhões de euros” no Orçamento do Estado para a área da Saúde.
“É um esforço que dá prioridade à Saúde, mas conseguido à custa de menor investimento noutras áreas que também precisam de investimento. Temos de ter a noção da proporcionalidade e de que não é possível pôr tudo ao mesmo tempo em cima da mesa, por muito que as reivindicações sejam justas”, afirmou.
Médicos, enfermeiros, técnicos de emergência pré-hospitalar e farmacêuticos do SNS já anunciaram greves para outubro e novembro.
Sobre as negociações do Orçamento do Estado para 2022, a ministra afirmou: “Estamos todos a trabalhar. Todos os que estão empenhados em soluções de uma politica de esquerda para o nosso pais, que continuem a trabalhar na coesão social e num país com mais oportunidades para todos, num país mais justo”.
“A resposta só pode ser uma: estamos a trabalhar e este não é o momento de atirar a toalha ao chão, nem nos serviços de saúde, nem em quem quer fazer progredir o pais, nem na sociedade em geral”, acrescentou.
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