O Ministério da Saúde revelou ontem que mandou investigar as suspeitas de realização de abortos ilegais na urgência do Centro Hospitalar de Torres Vedras, uma situação noticiada pela RTP.
Em resposta por escrito enviada à agência Lusa, o Ministério da Saúde refere que o caso "será objeto de investigação por parte da Inspeção Geral das Atividades da Saúde e terá as devidas consequências".
A RTP noticiou ontem que um ginecologista, a prestar serviço na urgência do Centro Hospitalar de Torres Vedras, é suspeito de efetuar abortos ilegais a troco de dinheiro, após a denúncia de uma mulher.
A televisão pública transmitiu uma conversa mantida no respetivo consultório entre o médico e a jornalista, fazendo-se passar por grávida, no âmbito de uma investigação jornalística.
Na conversa, o ginecologista informa-a de que a pode ajudar a fazer uma interrupção voluntária da gravidez, caso se desloque, à quarta-feira, à urgência do hospital e se inscreva para ser assistida sob o pretexto de estar a perder sangue para ser atendida.
Em troca, o médico pediu entre 350 a 400 euros para efetuar o aborto.
Contactada pela Lusa, a administração do Centro Hospitalar de Torres Vedras optou pelo silêncio esclarecendo apenas que, após conhecer o que se estava a passar, "procedeu de imediato a averiguações", que agora prosseguem pela Inspeção Geral das Atividades da Saúde.
06 de junho de 2012
@Lusa
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