“Para que a imunidade coletiva seja suficiente para evitar uma segunda vaga, era preciso que pelo menos 70% da população estivesse imunizada”, afirmou Simon Cauchemez, autor principal deste estudo, em declarações à Agence France-Presse.

Segundo este especialista, isto faz com que no fim da quarentena, anunciado para 11 de maio no país, as medidas barreira tenham de ser mantidas.

A reduzida percentagem de população infetada deve-se às próprias medidas de contenção da pandemia, que fizeram com que o número de pessoas contaminadas por uma pessoa infetada passasse de 3,3 antes do confinamento para 0,5.

O objetivo do confinamento, medida tomada por numerosos países em todo o mundo, foi de evitar um afluxo maciço de doentes aos serviços de saúde, que teriam ultrapassado a sua capacidade.

O estudo foi realizado através da utilização de modelos matemáticos e estatísticos, cruzando os dados da mortalidade do vírus com os possíveis infetados pela covid-19 até 11 de maio.

Ainda segundo este estudo, a covid-19 pode ter uma taxa de mortalidade de 0,5%.

“Os homens parecem estar mais em risco de morte do que as mulheres e este diferencial aumenta com idade”, indicou ainda Simon Cauchemez.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 170 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (42.364) e mais casos de infeção confirmados (quase 788 mil).

Seguem-se Itália (24.144 mortos, em mais de 181 mil casos), Espanha (21.282 mortos, mais de 204 mil casos), França (20.265 mortos, mais de 155 mil casos) e Reino Unido (16.509 mortos, quase 125 mil casos).