O ministro da Saúde da Irlanda, Simon Harris, autorizou o consumo de canábis medicinal no país, após uma longa batalha de Vera Twomey, mãe de Ava Barry, uma menina de sete anos que sofre de síndrome de Dravet, uma forma severa de epilepsia que é resistente às terapias convencionais.

A menina pode sofrer ataque epiléticos a qualquer altura do dia - mesmo durante o sono - e estes podem durar dois minutos ou várias horas e levar a criança ao coma.

Segundo a BBC, trata-se de uma doença rara que se manifesta no primeiro ano de vida e que é, por vezes, confundida com outras formas de epilepsia.

Apesar de não existir uma cura para esta doença, estudos científicos mostraram que as crianças com a patologia responderam bem ao tratamento com Canabidiol (CBD), a principal componente ativa da canábis e cujos benefícios têm sido amplamente demonstrados pela ciência.

A mãe de Ava, antes da decisão do ministro irlandês, criou uma petição para legalizar o uso da canábis medicinal no país e difundia nas redes sociais várias ações de campanha em prol da legalização da mesma.

Durante o ano de 2016, Vera Twomey organizou diversas iniciativas para chamar a atenção para a síndrome de Dravet, mas também para explicar a esperança que a canábis representa na vida de quem sofre desta doença e de outras patologias para as quais a erva medicinal pode ser a única "saída".

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