Segundo disse esta quinta-feira à agência Lusa o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Roque da Cunha, a reunião do Fórum Médico foi convocada pelo bastonário da Ordem dos Médicos e pretende analisar as medidas que ainda não foram tomadas pelo Governo após a greve nacional de 10 e 11 de maio.
“No entender do SIM é necessário um endurecimento das formas de luta dos médicos, dado o total incumprimento das várias matérias” que têm sido exigidas à tutela e discutidas desde antes da última greve, que juntou os dois sindicatos representativos dos médicos, refere Roque da Cunha.
Para o sindicalista, das matérias que o Ministério da Saúde se comprometeu a ultrapassar antes e depois da greve o que está já em marcha é “praticamente zero”.
“É um sol de incumprimentos do Ministério da Saúde em várias matérias, dos concursos, às contrapropostas ou aos Centros de Avaliação Médica e Psicológica” para as cartas de condução, afirmou Roque da Cunha.
Limitação do trabalho suplementar a 150 horas anuais, em vez das atuais 200, imposição de um limite de 12 horas de trabalho em serviço de urgência e diminuição do número de utentes por médico de família foram algumas das reivindicações sindicais para a greve de maio.
Os sindicatos também exigiam a reposição do pagamento de 100% das horas extra, que recebem desde 2012 com um corte de 50%, com a reversão do pagamento dos 50% com retroatividade a janeiro deste ano.
O diploma entretanto foi publicado e estabelece a reposição de 25% (até 75%) das horas extra com referência a abril, remetendo para o fim do ano o pagamento a 100%.
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