Daniel e Davina Dixon, assim como a filha Rebecca, entraram com uma ação judicial contra o médico Norman Barwin depois de descobrirem que Rebecca não é filha biológica de Daniel.

A família Dixon quer que Barwin seja punido criminalmente e exige ser indemnizada. Daniel e Davina Dixon procuraram os serviços do médico em causa em 1989 para ajudar Davina a engravidar. Segundo o processo, o médico recolheu uma amostra de esperma de Daniel, que o casal acreditava que seria usada para o tratamento de fertilização in vitro. Rebecca, hoje com 26 anos, nasceu em 1990.

No entanto, os testes de paternidade provam que Daniel não é o pai biológico de Rebecca. As suspeitas surgiram quando Davina viu uma publicação no Facebook, em fevereiro, que explicava que geneticamente era pouco provável que dois indivíduos de olhos azuis tivessem um filho com olhos castanhos. "Davina ficou preocupada porque ela e Daniel têm olhos azuis e Rebecca, castanhos", lê-se no processo judicial, segundo a BBC. A família fez um teste de ADN que confirmou que Daniel não era o pai de Rebecca.

O casal começou, então, a investigar a história de Barwin e descobriram que, em 2013, o médico tinha sido punido por fazer inseminação artificial em três pacientes com líquido seminal errado. A família também percebeu, ainda, que Rebecca possuía "uma semelhança física estranha com Barwin".

Meses depois, Rebecca entrou em contacto pela Internet com Kathryn Palmer, de 25 anos. Em 2015, Kathryn descobriu que Barwin era o seu pai biológico. Os pais dela também foram pacientes do médico. Rebecca e Kathryn fizeram, então, um segundo exame de ADN que confirmou que ambas eram meias-irmãs.

A advogada que representa os Dixons diz que Barwin pode ter usado o próprio esperma para engravidar outras pacientes. E acrescentou que, se a hipótese for confirmada, transformará a ação judicial numa ação coletiva contra o médico.

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