21 de janeiro de 2013 - 09h10
O Tribunal de Mirandela, no distrito de Bragança, tem agendado para o hoje o início do julgamento de um médico acusado de ter recusado assistência a uma doente que acabou por morrer, em 2006, no hospital daquela cidade.
O profissional, um anestesista que já não exerce funções naquela unidade hospitalar, responde pelo crime de recusa de médico punido com uma pena até cinco anos de prisão, agravada em um terço se resultar a morte ou ofensa à integridade física.
A Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULS), entidade que gere os hospitais e centros de saúde do Distrito de Bragança, é também demandada no processo e poderá ter de indemnizar a família da doente, em caso de condenação.
De acordo com a acusação, divulgada pela Jornal de Notícias, o caso remonta a dezembro de 2006, data em que a doente foi operada à tiroide, no hospital de Mirandela, e terá tido complicações no pós-operatório.
O médico arguido seria o responsável pelo recobro e, segundo a acusação, ter-se-á ausentado para ir almoçar e só terá regressado ao hospital mais de meia hora depois de ter sido alertado para as complicações com a doente, que acabou por morrer.
O início do julgamento está marcado para as 10:00, no tribunal judicial de Mirandela.
Lusa