Em declarações à Lusa, António Barbosa disse que a garantia lhe foi comunicada, na quinta-feira, pelo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, Fernando Araújo.

“Foi-me comunicado, por escrito, que a maternidade de Famalicão não vai fechar, num documento em que é ainda apontada a necessidade de efetuar duas ou três intervenções para melhorar ainda mais o serviço”, referiu.

Ainda segundo António Barbosa, daqui a um ano será feita nova visita ao hospital, para aferir das condições de funcionamento.

“Mas não me parece, de todo, que a manutenção da maternidade seja uma decisão a prazo, bem pelo contrário”, disse ainda.

Hoje, em comunicado conjunto, os presidentes das câmaras de Famalicão (Braga), Santo Tirso e Trofa (Porto) já manifestaram o seu “regozijo” pela decisão de não encerramento da maternidade.

“A decisão defende os superiores interesses públicos da região e é essencial para a competitividade, inclusivamente demográfica, de um território que é dos mais produtores e exportadores do país”, referem.

Dizem ainda que, depois da reunião que mantiveram, em outubro, com o ministro da Saúde ficaram “descansados com o conhecimento” que Manuel Pizarro “demonstrou ter sobre a importância daquela maternidade e sobre a excelência do trabalho lá desenvolvido”.

“Não esperávamos outro desfecho que não este”, rematam os três autarcas.

Em setembro, o coordenador da Comissão de Acompanhamento de Resposta em Urgência de Ginecologia/Obstetrícia referiu que a possibilidade de haver a junção de alguns serviços com a concentração das urgências de obstetrícia e ginecologia e blocos de partos.

O coordenador, Diogo Ayres de Campos, explicou que esta situação não implica o encerramento de maternidades: “Pode na mesma funcionar em determinado hospital consultas e internamento, mas a urgência e o bloco de partos desse hospital será num hospital ao lado”.