Portugal registou esta sexta-feira um morto e 598 novos casos de COVID-19, segundo o último relatório diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Desde o início da pandemia em Portugal, morreram 17.023 pessoas com a doença e foram identificados 847.604 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

Hoje registaram-se também 515 casos de recuperação. Ao todo há 808.047 doentes recuperados da doença em território nacional desde março de 2020. 

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A região de Lisboa e Vale do Tejo, com 295 novos infetados, é a área do país com mais novas notificações, com 49,3% do total de diagnósticos.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.212 (+1), seguida do Norte com 5.354 óbitos (=), Centro (3.021, =) e Alentejo (971, =). Pelo menos 363 (=) mortos foram registadas no Algarve.

Há 33 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira registam-se 69 óbitos (=) associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 246 doentes internados, mais 13 do que ontem, e 52 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos um do que na quinta-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 22.534 casos ativos da infeção em Portugal — mais 82 que ontem — e 22.887 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 1.053 que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 339.974 (+171), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (320.460, +295), da região Centro (119.754, +54), do Alentejo (30.153, +15) e do Algarve (22.234, +33).

Nos Açores existem 5.348 casos contabilizados (+23) e na Madeira 9.681 (+7).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 59,6 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - uma subida face aos 57,8 de segunda-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,07 (o mesmo valor de há dois dias).

No território continental, o R(t) também se fixou nos 1,07. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Matriz de risco da DGS
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Faixas etárias mais atingidas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 11.185 (=) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (3.629, =), entre 60 e 69 anos (1.531, +1), entre 50 e 59 anos (464, =), 40 e 49 anos (155, =) e entre 30 e 39 anos (43, =). Há ainda 12 mortes registadas entre os 20 e os 29 anos (=), duas entre os 10 e os 19 anos (=) e duas entre os 0 e os 9 anos (=).

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 8.941 são do sexo masculino e 8.082 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 140.788 casos (+112), seguida da faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 125.573 casos (+104), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 122.024 (+110). Logo depois surge a faixa etária dos 20 aos 29 anos, com 121.639 infeções (+94).

Desde o início da pandemia, houve 385.107 homens infetados e 462.135 mulheres, sendo que se desconhece o género de 362 pessoas.

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Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Último balanço mundial da AFP

A pandemia do novo coronavírus causou pelo menos 3.513.088 mortos no mundo desde que a doença foi identificada em dezembro de 2019 na China, segundo um balanço da AFP. Mais de 168.905.450 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia, segundo a agência France Presse, que assinala que a grande maioria dos doentes recupera, mas uma parte ainda mal avaliada continua com sintomas durante semanas ou até meses.

Nas últimas 24 horas, foram registados no mundo 12.736 mortos e 586.617 infetados. Os países com maior número de mortos foram a Índia (3.660 mortos), o Brasil (2.245) e os Estados Unidos (1.234).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 593.288 mortes em 33.218.046 casos, de acordo com a contagem realizada pela Universidade Johns Hopkins. Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil, com 456.674 mortos e 16.342.162 infetados, a Índia, com 318.895 mortos (27.555.457 casos), o México, com 222.657 óbitos (2.405.772 casos), e o Reino Unido, com 127.758 óbitos (4.473.677 infetados).

Entre os países mais atingidos, a Hungria é o que apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 307 mortes por 100.000 habitantes, seguida da República Checa (281), da Bósnia (280), da Macedónia do Norte (258) e da Bulgária (254).

A Europa totalizava hoje, às 10:00 TMG, 1.130.491 mortes em 52.724.615 casos, a América Latina e Caraíbas 1.024.435 mortes (32.493.431 casos), os Estados Unidos e Canadá 618.685 mortos (34.612.033 infetados), a Ásia 467.107 mortes (35.692.058 casos), o Médio Oriente 141.788 mortos (8.534.017 casos), África 129.480 mortes (4.801.165 infetados) e Oceânia 1.102 mortes (48.133 casos).

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