Do total de entrevistados, 32% é a favor da descriminalização, enquanto 2% preferiu não responder à pergunta.
A pesquisa foi feita entre 6 e 7 de novembro, dois dias depois de uma decisão da Suprema Corte de Justiça - a instância judicial mais alta no país - que autorizou que quatro pessoas cultivem erva para consumo recreativo.
Segundo a pesquisa, 60% dos entrevistados é contra a decisão deste tribunal.
O presidente Enrique Peña Nieto anunciou na segunda-feira querer avançar com uma ampla consulta pública que envolverá especialistas, sociólogos, médicos e associações que são a favor e contra a descriminalização da marijuana para chegar adotar a melhor opção para o país.
Peña Nieto disse que, pessoalmente, está em desacordo com a possível legalização do consumo de canábis no país, por considerar que pode desencadear o consumo de drogas mais fortes.
Um grupo de três profissionais bem-sucedidos e uma ativista social, que se disseram não afeitos ao consumo de canábis, iniciaram em 2013 uma estratégia judicial para poder obter essa decisão com o objetivo final de dar origem a um debate no Congresso.
Estes quatro ativistas, que em alguns casos perderam parentes próximos em assassinatos relacionados com o narcotráfico, disseram que querem derrubar a violência que assola o México por causa da droga. Nos últimos 10 anos, morreram e desapareceram cerca de 100.000 pessoas.
Entre os inquiridos, 63% acreditam que os problemas de violência e impunidade no país não vão diminuir com uma possível descriminalização da canábis. Em contrapartida, 79% concordam com a legalização da erva para fins medicinais.
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