“As anteriores instalações eram da Santa Casa da Misericórdia de Mafra, tinham 70 anos e já não tinham condições físicas para as novas Unidades de Saúde Familiar, para o Atendimento Complementar e para fazer face ao aumento populacional”, justificou o presidente da câmara, Hélder Sousa Silva (PSD).

Com a inauguração da unidade, “fecha-se um ciclo grande de novos investimentos para a saúde no concelho”, depois da abertura do Centro de Saúde da Malveira e Venda do Pinheiro, em 2017, sublinhou o autarca.

Para Hélder Sousa Silva, o investimento mais recente garante o Atendimento Complementar 24 horas por dia e vem dotar a unidade de um novo RX digital para substituir o antigo, que se “encontrava por vezes inoperacional”.

A unidade contribui para “atrair médicos ao concelho”, estando abertas duas vagas para médicos de família no concurso lançado este mês, e para criar duas Unidades de Saúde Familiar, uma das quais entra hoje em funcionamento e outra está em fase de constituição, adiantou o presidente do município de Mafra.

O investimento é “fundamental para a melhoria do acesso, das condições assistenciais, da qualidade dos serviços prestados e para o aumento da satisfação dos seus utilizadores e dos seus profissionais”, refere, por seu turno, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), em nota de imprensa.

O novo edifício possui 28 gabinetes de consulta e sete de enfermagem, cinco salas de tratamento, espaço para Atendimento Complementar, dotado de um novo RX digital, espaço para a saúde pública, gabinete de saúde oral, sala para desporto e outros gabinetes de trabalho.

Foram investidos três milhões de euros, na construção do centro de saúde (2,8 milhões de euros) e o restante nos arranjos exteriores, nos quais se incluem um parque de estacionamento.

Do total do investimento, 1,1 milhões foram financiados através de fundos comunitários, a ARSLVT comparticipou com 665 mil euros e o município cedeu o terreno e investiu 1,1 milhões de euros.

A câmara municipal foi responsável pela construção, mediante acordo estabelecido com o Ministério da Saúde.

A obra, cujo concurso público foi lançado em 2016, atrasou-se com a descoberta, durante a sua construção, de vestígios da Idade do Bronze, os mais antigos até agora encontrados na vila.

Mafra integra o Agrupamento de Centros de Saúde Oeste Sul, que tem mais de 200 mil utentes inscritos e 10 USF, espalhados não só por aquele concelho, como também pelo Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras, todos no distrito de Lisboa.