De acordo com o SESARAM, a adesão à greve dos enfermeiros nos turnos da noite e manhã nos cuidados de saúde hospitalares foi de 31 e 38%, respetivamente.

Estes valores são diferentes dos divulgados pela Federação Nacional dos Sindicatos de Enfermeiros (FENSE) que anunciou que, no hospital Dr. Nélio Mendonça aderiram à paralisação 92% destes profissionais de saúde.

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A informação disponibilizada pelo SESARAM refere que no turno da noite, nos Cuidados de Saúde Hospitalares, 31% dos 78 profissionais previstos (24) aderiram à greve, enquanto nos Cuidados de Saúde Primários nenhum dos 11 profissionais faltou ao trabalho.

Serviços mínimos assegurados

No que diz respeito ao turno da manhã, dos 278 enfermeiros que estão escalados para o serviço, 105 fizeram greve, o que representa 38%, sendo que nos Cuidados Primários 30 (17%) dos 177 profissionais faltaram ao serviço

“Importa salientar que todas as situações urgentes estão a ser atendidas e os serviços mínimos estão a ser salvaguardados”, assegura o SESARAM na mesma informação.

Os enfermeiros estão a cumprir uma greve de cinco dias, que teve início às 00:00 de hoje, e registava, de manhã, uma adesão nacional entre os 83% e os 96%, segundo disse à Lusa o dirigente da FENSE.

O protesto dos enfermeiros associados à Federação, que integra o Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem e o Sindicato dos Enfermeiros, visa protestar contra o impasse na negociação do acordo coletivo de trabalho, que começou há um ano.

Os enfermeiros exigem a conclusão da negociação do Acordo Coletivo de Trabalho entregue pelos sindicatos a 16 de agosto de 2016 e pretendem que seja criada uma carreira especial de enfermagem, que integre a categoria de enfermeiro especialista.

Reclamam também o descongelamento da carreira, defendendo que o Estado deve aos enfermeiros 13 anos, 7 meses e 25 dias nas progressões, e a revisão das tabelas remuneratórias.

Contudo, na Madeira, o dirigente do Sindicato dos Enfermeiros, Juan Carvalho, explicou que esta estrutura sindical não aderiu à paralisação porque houve uma reunião com o Governo Regional no passado dia 26 de julho e a tutela da Saúde prometeu apresentar uma contraproposta até 16 de agosto para resolver a situação.

“Vamos aguardar e, na sequência da posição do Governo Regional veremos o que fazer”, disse o sindicalista.