A medida entrou em vigor às 12:00 (04:00 em Lisboa) e destina-se a reforçar a prevenção, explicaram as autoridades em comunicado.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

“Os indivíduos que tenham estado na Itália ou no Irão nos 14 dias anteriores à entrada em Macau, devem efetuar, a pedido dos Serviços de Saúde, observação clínica de isolamento nos locais indicados em Macau, com a duração de 14 dias, sem prejuízo de outras medidas de prevenção da epidemia”, indicaram.

“Os residentes de Macau podem realizar a observação médica domiciliária em local considerado apropriado pelos Serviços de Saúde; por sua vez, os indivíduos não residentes de Macau devem pagar todas as despesas de observação médica de isolamento efetuadas no hotel designado”, salientaram.

Também hoje, o Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT) emitiu um alerta de viagem (nível 2) para Itália. O aviso traduz-se num “alerta aos residentes de Macau que planeiem viajar ou que se encontrem naquele país, para reconsiderarem a viagem neste momento”, pelo que “é sugerido que se evitem viagens não essenciais neste período para aquele destino”.

Até ao momento, Macau registou dez infeções com o novo coronavírus, sendo que apenas dois doentes continuam ainda internados.

Na sexta-feira, dia em que assinalou 24 dias sem novos casos, Macau pediu aos residentes que evitem sair e entrar no território.

“Desde 20 de fevereiro que tínhamos cerca de 21 mil residentes a entrar e sair das fronteiras do território e na quinta-feira registámos cerca 35 mil, o que representa uma subida de 66%”, indicou o diretor dos Serviços de Saúde de Macau, com base em dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP).

Todos os visitantes oriundos de áreas de alta incidência podem ser submetidos a exames médicos, a qualquer momento, em todos os postos fronteiriços de Macau. Os exames têm uma duração de seis a oito horas e, pelo menos uma vez a cada duas horas, é feita uma avaliação através da medição da temperatura corporal, consulta médica e exame físico.

De acordo com o CPSP, cerca de 17 mil residentes entraram no território e 18 mil saíram na quinta-feira, num aumento de 5,9% e de 5,8%, em relação ao dia anterior.

O Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) acrescentou que cerca de 5.900 visitantes entraram em Macau, mais 3,3%, enquanto perto de 5.100 saíram, menos 2,6%.

O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.916 mortos e infetou mais de 84 mil pessoas, de acordo com dados reportados por 57 países e territórios.

Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram.

Além de 2.835 mortos na China continental, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.

Dois portugueses tripulantes de um navio de cruzeiros encontram-se hospitalizados no Japão com confirmação de infeção.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

Veja em baixo o mapa interativo com os casos de coronavírus confirmados até agora

Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.