Uma equipa de investigadores da Universidade de Houston, nos Estados Unidos, recrutou 22 indivíduos, com idades entre os 17 e os 42 anos e pediu-lhes que usassem óculos de bloqueio de ondas de comprimento curto, três horas antes de dormirem, durante duas semanas. Esses óculos anulavam os efeitos nefastos da luz azul artificial dos aparelhos.
Os indivíduos usaram igualmente monitores de atividade do sono e foi-lhes pedido que mantivessem as suas rotinas normais durante o dia e noite, nomeadamente na utilização dos gadgets.
No final do estudo, os cientistas verificaram nos participantes um aumento de 58% nos níveis noturnos de melatonina, a hormona que regula e induz o sono. O aumento verificado foi ainda maior do que o oferecido pelos suplementos farmacológicos compostos por melatonina.
Os participantes relataram também que tinham adormecido com mais rapidez e com menos interrupções. Em média, a duração do sono aumentou cerca de 24 minutos por noite por voluntário.
"É importante destacar que a luz azul à noite realmente diminui a qualidade do sono. O sono é muito importante para a regeneração de muitas funções do nosso organismo", comentou Lisa Ostrin, principal autora da investigação numa nota apensa ao estudo.
Segundo os cientistas, a luz azul artificial ativa os fotorrecetores conhecidos como células da retina ganglionares intrinsecamente fotossensíveis (ipRGCs), suprimindo a produção de melatonina.
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