Traçando uma linha do tempo, o autor resgata uma série de acontecimentos que compreende os anos de pesquisa e desenvolvimento de "ganho de função" do coronavírus por cientistas chineses e americanos e os meses que antecedem o surgimento do vírus na China, peças de um quebra-cabeças que se vão encaixando para formar um quadro assustadoramente realista.

Passando pelas acusações de parte a parte entre Washington e Pequim, Relatórios governamentais, declarações e denúncias de autoridades e cientistas, o livro levanta questões polémicas, deixando antever o lado obscuro da ciência e de governos na criação de vírus mortais para fins bélicos e financeiros.

Apoiado em estudos de investigadores australianos, chineses, indianos, norte-americanos, franceses e britânicos, em depoimentos e denúncias de autoridades e cientistas de renome e nos meandros que cercaram as pesquisas de "ganho de função" do coronavírus tornando-o um vírus mortal, o livro não só põe em xeque a versão oficial sobre a origem do novo coronavírus, como também a origem de inúmeras doenças infecciosas surgidas repentinamente nas últimas décadas, como o HIV, EBOLA e os coronavírus SARS e MERS.

O livro, que já está em pré-venda, tem vindo a provocar uma calorosa discussão nos grupos literários das redes sociais, indo do ceticismo total ao entusiasmo real.

Para Frederico Rochaferreira essa reação já era esperada. "Vivemos de informações mediáticas massivas e em grande medida, não há depuração dessas informações, apenas a sua repercussão adornada pelo entendimento ou crença pessoal, por isso, as discussões extremas que vão do céu ao inferno sobre um mesmo tema, o que é bom, já que possibilita o indivíduo com um mínimo de inteligência para suspeitar, deixar a zona de conforto das informações e investigar", disse.

Com lançamento para final de dezembro pelo selo Lisbon Press da Chiado Books, "Covid-19. A origem do vírus feito para infectar humanos", chega num momento oportuno, onde o debate sobre a origem do novo coronavírus não pode ficar esquecido.