Em declarações à agência Lusa, Joaquim Massena, que toma posse na quarta-feira para um novo mandato à frente da Liga dos Amigos do Centro Hospitalar de Gaia (LACHG), explicou que o objetivo é “ajudar quem muitas vezes entra ou sai do hospital com problemas gravíssimos, mas sem força de vontade e sem recursos”.
“A liga tem uma equipa de advogados, fiscalistas e pessoas ligadas à ação social que poderão acompanhar e aconselhar”, descreveu.
Estas consultas de aconselhamento funcionarão mediante marcação e serão gratuitas.
Os destinatários são utentes e familiares do CHVNG/E que necessitem de aconselhamento jurídico ou, entre outros exemplos, estejam à procura de respostas sociais.
Paralelamente, a LACHG está a trabalhar num projeto para apoio a cuidadores.
Joaquim Massena avançou que a liga aproveitará uma antiga fábrica de pijamas, um espaço com mais de 3.000 metros quadrados que lhe foi doado em Oliveira do Douro, para instalar um equipamento geracional para o apoio ao cuidador com loja social, distribuição de bens alimentares e zona para alojamento temporário.
“As pessoas às vezes precisam de ser alojadas temporariamente para que os cuidadores e familiares consigam realizar as suas tarefas e necessidades”, explicou.
Estes novos serviços somam-se a outros que a LACHG realiza há mais de três décadas, estando também previsto o regresso de atividades que pararam devido à pandemia da covid-19, entre as quais o ioga para apoio a doentes oncológicos ou com problemas de saúde mental, aulas de inglês, xadrez, sessões de relaxamento e apoio a doentes de AVC, bem como tertúlias culturais, sociais e ambientais.
A criação de um grupo coral e a manutenção dos projetos “Lugar Solidário” e “Lugar Mágico”, sendo este último vocacionado a doentes oncológicos aos quais são oferecidas sessões de cabeleireiro e estética, são outras novidades.
“Às vezes uma transformação, um mimo, faz tanto. Cuidar do corpo e da autoestima é cuidar da mente”, apontou o responsável da LACHG, estrutura que conta atualmente com 30 voluntários e 4.000 associados.
“[Estas ligas] são estruturas fundamentais. O hospital é uma estrutura enorme, as pessoas entram fragilizadas, são muito bem tratadas do ponto de vista clínico, mas também precisam de uma pessoa que lhes dê apoio, um braço, um olhar, uma mão e um aconselhamento. O voluntariado da Liga tem essa função. Queremos que as pessoas continuem a sonhar”, concluiu Joaquim Massena.
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