Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, na sequência do transporte de vários doentes para os hospitais de Coimbra, a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) diz que o Delegado de Saúde Regional do Centro foi informado da ocorrência de um surto de gastroenterites ocorridas na Santa Casa da Misericórdia de Penela.

“Adoeceram 21 de um total de 71 residentes, o que corresponde a uma percentagem de 30%. Todos apresentavam sintomatologia ligeira com predominância de náuseas e diarreia moderada, em média com menos de duas dejeções por dia, com início de sintomas no dia de ontem”, lê-se na nota.

Até ao momento, refere a ARSC, “não foi possível formular a hipótese de ingestão de um alimento suspeito, prosseguindo, no entanto, a investigação epidemiológica”.

“Aguardam-se resultados laboratoriais das amostras de alimentos colhidos pela ASAE e pelas Autoridades de Saúde, existindo poucas probabilidades de virmos a obter amostras de produtos provenientes dos doentes o que impede a eventual comparação de agentes infecciosos”, refere a ARSC.

Tudo parece indicar tratar-se de uma “situação benigna eventualmente devida a agentes virais frequentes nesta época do ano”, salienta a Saúde do Centro.

Os doentes tinham “idades compreendidas entre os 66 e os 94 anos; foram observados por uma equipa do INEM que se deslocou ao Lar da Santa Casa de Misericórdia, tendo sete sido transportados para os serviços de urgências do Hospital Geral e 10 para os serviços de urgências dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC)”.

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Destes, 13 são mulheres e quatro homens.

Foi feito tratamento sintomático basicamente constituído por hidratação endovenosa e, até ao momento, 14 já tiveram alta - os 10 que foram observados na urgência dos HUC e quatro dos sete que foram observados na urgência do Hospital Geral.

Permanecem três doentes em observação na urgência do Hospital Geral para completarem a hidratação.

“Em ambos os serviços de urgência, nenhum doente apresentou vómitos ou diarreia durante o internamento de curta duração. Foram colhidas amostras de alimentos em colaboração com a ASAE, não tendo sido possível obter amostras de vómitos ou diarreia porque nenhum dos doentes apresentou estes sintomas”.

Hoje, o provedor da Santa Casa da Misericórdia, Fernando Tavares, tinha já recusado uma eventual intoxicação alimentar, defendendo a tese de um vírus gripal.