Publicada na Blood Advances, esta investigação sugere que adolescentes e adultos jovens com leucemia linfocítica aguda dão-se melhor quando tratados com protocolos pediátricos, que não são uniformemente usados em centros de cancro para adultos.

Este estudo foi projetado para fornecer uma compreensão do mundo real da localização dos cuidados e esquemas de linha de frente administrados aos adolescentes e adultos jovens recém-diagnosticados com este tipo de leucemia.

Os investigadores reviram dados do Registo Oncológico da Califórnia, nos Estados Unidos, entre 2004 e 2014, e identificaram 1 473 pacientes com um diagnóstico de leucemia linfocítica aguda. Estes pacientes tinham idades entre os 15 e os 39 anos.

De seguida, os cientistas designaram o centro de atendimento dos pacientes como pediátrico ou adulto, verificaram se instalação estava afiliada ao Centro Nacional de Cancro norte-americano (NCI) e avaliaram a sobrevida global com base no cenário do tratamento.

475 de 1 473 pacientes, ou 32% dos pacientes, receberam cuidados nm ambiente pediátrico; 422 (89%) destes pacientes receberam terapia para leucemia linfocítica aguda de primeira linha em centros de cancro designados pelo NCI. Entre os 998 pacientes tratados num ambiente adulto, apenas 406 (28%) receberam cuidados num centro designado pelo NCI.

O tratamento num ambiente pediátrico foi associado a uma sobrevida global significativamente maior em comparação ao tratamento realizado num ambiente adulto.

"Médicos e equipas de tratamento de ambientes de cancros pediátricos podem ser mais experientes no tratamento de leucemia linfocítica aguda em adolescentes e adultos jovens, e isso pode, em parte, explicar o porquê de vermos melhores resultados nestes centros", disseram os investigadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

Os autores do estudo observaram que as diretrizes de tratamento da leucemia linfocítica aguda foram atualizadas nos últimos anos para recomendar o tratamento de pacientes adolescentes e jovens adultos com protocolos pediátricos.

Embora os autores tenham descoberto que apenas uma minoria desses pacientes tratados em centros de cancro para adultos recebeu esses tipos de protocolos durante o período estudado, espera-se que a sobrevida de pacientes adolescentes e jovens adultos com a doença que são tratados nesses centros melhore à medida que mais centros de cancro para adultos atualizem as suas práticas.

Concluindo, este estudo sugere que o encaminhamento de pacientes adolescentes ou jovens adultos recém-diagnosticados com leucemia linfocítica aguda para centros pediátricos deve ser fortemente considerado.

Os resultados do estudo foram apresentados no 59º Encontro Anual da American Society of Hematology, nos Estados Unidos.

Fonte: PIPOP