As medidas fariam parte dos esforços do Japão para controlar a epidemia, a cinco meses da data prevista para a abertura dos Jogos Olímpicos.
Se for aprovado pelo Parlamento, o projeto concederia ao primeiro-ministro Shinzo Abe o poder de declarar estado de emergência e impor medidas drásticas. O governo, porém, destacou que a situação ainda não chegou a esse ponto.
"Atualmente não estamos numa situação na qual precisamos declarar estado de emergência", afirmou o porta-voz do governo, Yoshihide Suga.
O novo coronavírus infectou mais 500 pessoas no Japão e provocou nove mortes.
A propagação de COVID-19 no país gerou dúvidas sobre o início dos Jogos Olímpicos na data prevista, 24 de julho, mas as autoridades insistem que o planeamento continua de maneira normal.
Ao contrário da vizinha Coreia do Sul, o Japão não determinou exames generalizados entre a população.
Além disso, o governo Abe foi muito criticado pela gestão da crise com o cruzeiro Diamond Princess, que atracou perto de Tóquio com quase 700 pessoas contaminadas com o coronavírus.
De acordo com o governo japonês, as próximas semanas serão cruciais para conter a propagação do coronavírus. Abe determinou a suspensão das aulas por várias semanas.
O projeto de lei aprovado pelo gabinete esta terça-feira é uma revisão de uma lei de 2012 destinada a frear a propagação de novos tipos de gripe. O texto deve ser aprovado sem problemas no Parlamento, com o apoio da oposição.
De acordo com a nova lei, assim que o primeiro-ministro declarar estado de emergência numa parte específica do país, os governos locais poderão exigir que os moradores permaneçam nas suas casas.
O governo alega que, embora o Japão não registe uma epidemia generalizada, "é importante estar preparado para o pior dos cenários".
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