
O estudo, que envolveu mais de 10 mil pessoas de 10 países, revelou ainda que 62% dos inquiridos tem medo de vir a desenvolver a doença e 60% acredita numa cura ainda durante a sua vida. Outros dados indicam também que 91% das pessoas acredita que a solução para as doenças está na investigação médica e 78% revelaram estar dispostos a fazer o teste genético para avaliar o risco de desenvolvimento de Alzheimer.
A doença de Alzheimer é a principal causa de demência em todo o mundo, afetando 50 milhões de pessoas, um número que se espera que triplique até 2050.
"Atualmente não existe uma cura para a doença e as opções de tratamento são ainda limitadas, mas este estudo mostra claramente que as pessoas estão dispostas a participar em projetos de investigação, o que pode vir a alterar este cenário", revela Paola Barbarino, CEO da ADI, em comunicado.
"É preciso desmistificar e remover as barreiras de consciencialização referentes à participação na investigação médica, explicando a todos os candidatos como podem envolver-se", acrescenta.
Mais de 400 estudos
Em todo o mundo, mais de 400 ensaios clínicos estão a recrutar voluntários com Alzheimer. "Os resultados deste estudo demonstram claramente a necessidade de aumentar a consciencialização para os ensaios clínicos que decorrem em todo o mundo", refere Pierre N. Tariot, codiretor da Iniciativa de Prevenção do Alzheimer (API).
"Além do financiamento, o maior desafio de encontrar uma maneira de tratar, retardar ou prevenir o Alzheimer é o recrutamento e a retenção dos participantes no estudo. Os investigadores estão a fazer um grande progresso na luta contra esta doença, mas estima-se que 80% dos estudos não cumprem as metas de recrutamento a tempo, o que atrasa a investigação".
Comentários