"As nossas descobertas sugerem que associações anteriores entre baixos níveis de vitamina D e a doença atópica podem dever-se a outros fatores", defendeu o autor-principal do estudo, Despoina Manousaki, do Instituto Lady Davis para a Investigação Médica, no Canadá, citado num comunicado da PLOS, que edita a revista PLOS Medicine, que publicou os resultados da investigação.

Estudos epidemiológicos anteriores indicavam que quantidades baixas de vitamina D no organismo estão associadas a risco acrescido de asma, dermatite atópica (inflamação na pele) e alergias.

No novo estudo, os investigadores analisaram dados genéticos e do estado de saúde de mais de 100 mil pessoas, recolhidos em trabalhos precedentes, para determinar se variações genéticas ligadas aos níveis de vitamina D predispõem as pessoas a terem asma, dermatite atópica ou alergias.

A equipa de cientistas do Instituto Lady Davis e da Universidade McGill, também no Canadá, não encontrou diferenças estatisticamente significativas entre a taxa de prevalência de asma, dermatite atópica e alergias em pessoas com ou sem as quatro mutações genéticas associadas a quantidades mais baixas de vitamina D.

Segundo Despoina Manousaki, os "esforços para aumentar os níveis de vitamina D não vão, provavelmente, resultar na diminuição do risco" daquelas doenças.

O mesmo grupo de investigadores defendeu, num estudo anterior, que quantidades baixas de vitamina D aumentam o risco de algumas doenças inflamatórias como a esclerose múltipla, conclusão que, de acordo com o novo trabalho, não se reflete noutras doenças inflamatórias, como a asma ou a dermatite atópica.

Estas alergias têm tanto de raro como de estranho