
O corpo humano não produz iodo e só obtém esse micromineral através da alimentação, sendo absorvido pela glândula tiróide que o utiliza na produção de hormonas para controlar funções do organismo.
A deficiência de iodo causa o hipotireoidismo, com sintomas como dificuldade de concentração, cansaço frequente, falta de energia, nervosismo, distúrbios do sono ou aumento da transpiração.
Em caso de acidente ou ataque nuclear, o iodo radioativo é uma das primeiras substâncias a alastra-se, sendo absorvido pelo ar, alimentos e pele, e armazenado na tiróide. O iodo radioativo é cancerígeno e ataca as células do tecido desta glândula.
Quando é que se deve ingerir iodo?
O iodeto de potássio também se armazena na tiróide. Se for administrado em comprimidos, a glândula fica sobrecarregada e não conseguirá absorver mais iodo – nem o inofensivo, nem o radioativo.
Ou seja: se o iodo bom for administrado de forma suficiente, não haverá espaço na tiróide para o iodo radioativo. Ao não conseguir acumular-se na glândula é eliminado pelos rins e posteriormente pelo intestino, explica Larry Greenemeier num artigo publicado na revista de divulgação científica Scientific American. "Mas estes comprimidos de iodeto de potássio não são mágicos. Protegem contra o cancro da tiróide, mas não contra outras possíveis formas de cancro", alerta o jornalista especializado.
É, no entanto, inútil tomar comprimidos de iodo de forma preventiva, ou seja, antes de um acidente ou ataque nuclear, porque a tiróide armazena este mineral por um período curto de tempo. A ingestão desnecessária e desmedida deste mineral pode até ser perigosa e causar hipertireoidismo. O ideal é tomar as pastilhas de iodo no momento correto: o bloqueio fornecido pelo iodo só é potente se os comprimidos forem ingeridos imediatamente antes ou durante o contacto com o iodo radioativo.
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