Trata-se da primeira vez em sete meses que o número de novas infeções cai abaixo dos 15.000 casos, depois de a Índia ter sido o epicentro global da pandemia em abril e maio.

Apesar da queda nos casos relatados hoje, a Índia totaliza agora 33,9 milhões de casos desde o início da pandemia, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

O estado de Querala, na costa ocidental, contabilizou quase metade dos novos casos do boletim de hoje, 6.996, depois de ter sofrido um surto entre agosto e setembro, com mais de 30.000 casos num dia.

O Ministério da Saúde indiano também comunicou 181 mortes nas últimas 24 horas a nível nacional, o que eleva o número total de mortos para 450.963.

Apenas os Estados Unidos da América, com 44,4 milhões de infeções segundo a Universidade Johns Hopkins, excedem a Índia em termos absolutos.

As infeções e mortes registadas nas últimas semanas na Índia contrastam com os números máximos durante a segunda vaga de covid-19 entre abril e maio, quando mais de 400.000 casos e 4.000 mortes foram relatados diariamente.

A Índia é o segundo país mais populoso do mundo, com 1,3 mil milhões de pessoas, depois da China (1,4 mil milhões de pessoas).

A segunda vaga da doença na Índia deixou imagens de hospitais à beira do colapso e crematórios superlotados, bem como uma escassez de oxigénio médico e camas de cuidados intensivos em algumas partes do país.

Apesar do declínio dos casos, as autoridades indianas manifestaram-se preocupadas de que possa surgir uma nova vaga de infeções com a realização de festividades religiosas em todo o país, como o Navaratri, entre 07 e 15 de outubro, e o Diwali, a partir de 03 de novembro.

A disponibilidade limitada de vacinas tem sido um fator importante no plano de vacinação na Índia, que enfrentou, durante meses, sérios problemas para satisfazer a sua procura local, apesar de ser conhecida como a “farmácia do mundo” e albergar a maior fábrica de vacinas do mundo,

Até à data, a Índia administrou 958 milhões de vacinas contra o coronavírus, embora apenas 272 milhões de pessoas tenham recebido o regime completo.

A nível mundial, a covid-19 matou mais de 4,8 milhões, em mais de 237,7 milhões casos, segundo um balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado na China no final de 2019.