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Mortes por cancro do pulmão voltarão a decrescer a partir de 2020
13 de fevereiro de 2013 - 11h58
Numa Europa onde um quarto dos adultos fuma, o tumor da mama conhecido por ser a maior causa de morte por cancro entre as mulheres será excedido pelo tumor do pulmão, até 2015, indica um estudo publicado na revista científica Annals of Oncology.
Já aconteceu no Reino Unido e na Polónia e especialistas oncológicos avançam que o mesmo deverá acontecer em toda a Europa.
O aumento da incidência deste tipo de tumor reflete o crescimento do número de mulheres que começaram a fumar nos anos 60 e 70, indicam os especialistas autores do estudo, que adiantam que o quantidade de casos continuará a crescer nos próximos anos. Os investigadores, cita a BBC, garantem que a tendência perderá força a partir de 2020, já que atualmente há menos jovens fumadoras do que há 30 anos atrás.
Em 2013, estima-se que 82.600 mulheres morram de cancro do pulmão e 88.800 de cancro da mama. Mas em 2015, o cancro do pulmão já terá ultrapassado o da mama, de acordo com Carlo La Vecchia, autor do estudo, da Universidade de Milão.
Os investigadores recolheram dados da taxa de incidência da doença em 27 estados membros da EU em 2007 e analisaram em particular seis países – França, Alemanha, Itália, Polónia, Espanha e Reino Unido – no que toca aos casos de cancro do estômago, intestinos, pâncreas, pulmão, útero, mama e da linfa.
A análise voltou a mostrar que apesar de haver cada vez mais casos da doença - porque as pessoas também vivem mais tempo - morre-se menos da doença.
Verificou-se uma queda geral do índice de mortalidade por cancro, apesar da mortalidade associada ao cancro do pulmão ser a única que continua a crescer. A mortalidade por cancro do pâncreas mantem-se, já que os tratamentos são os que menos têm evoluído.
“O tabaco e a diabetes são responsáveis por quase um terço total das mortes”, recorda o investigador.
“Apesar de tudo, é encorajador saber que a taxa de mortalidade por cancro na Europa deverá continuar a diminuir”, diz Sarah Williams, do instituto de investigação Cancer Research UK, acrescentando que os dados “refletem melhorias na forma como nós prevenimos, diagnosticamos e tratamos o cancro e mostra que através da ciência estamos a delinear atalhos para combater a doença”.
SAPO Saúde
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