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Aspirina também tem efeitos preventivos no desenvolvimento da doença
9 de abril de 2013 - 13h55
Investigadores do Instituto de Investigação em Ciências da Saúde Germans Trias i Pujol (IGTP) de Badalona demonstraram pela primeira vez que o tratamento com ibuprofeno ajuda a impedir o desenvolvimento da tuberculose e aumenta a sobrevivência dos infetados.
O estudo, realizado com ratos infetados com a bactéria que causa a tuberculose, foi publicado na segunda-feira na revista científica Journal of Infectious Diseases e abre caminho a ensaios com humanos, com um medicamento já aprovado e barato, como complemento aos antibióticos que se utilizam atualmente para as pessoas que têm tuberculose.
O diretor da Unidade de Tuberculose Experimental do IGTP, Pere Joan Cardona, explicou que os ensaios clínicos poderão ser realizados com pessoas que “tenham desenvolvido resistências aos antibióticos e que, por isso, não respondem bem aos tratamentos atuais”, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
A equipa de Cardona, depois dos bons resultados com o ibuprofeno, incluiu no estudo o tratamento com ácido acetilsalicílico (aspirina) e concluiu que também tem efeitos preventivos no desenvolvimento da doença em ratos infetados.
A tuberculose é uma doença infeciosa provocada por uma bactéria do género Mycobacterium, que geralmente se instala nos pulmões. É frequente a presença da bactéria não levar ao desenvolvimento da doença ou isto só acontecer muitos anos mais tarde.
Lusa
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