O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, reconhece que Lisboa e Vale do Tejo é a região mais carenciada na área dos cuidados continuados e espera chegar ao fim da legislatura com 80% das necessidades de camas já satisfeitas.

“As necessidades de Lisboa e Vale do Tejo estão estimadas em 2.300 camas. Com este passo apenas nos aproximamos das 1.400. É de facto uma zona muito carenciada, o que tem depois repercussão nos índices de procura dos hospitais e na demora média”, afirmou o ministro aos jornalistas no final da assinatura do protocolo entre o Centro Hospitalar de Lisboa Norte e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa para a instalação da unidade de cuidados continuados.

Numa primeira fase, o Pulido Valente terá 44 camas de cuidados continuados, mas numa fase posterior pode chegar às 80, que integrarão a Rede Nacional dos Cuidados Continuados.

Também numa parceria com a Santa Casa, o antigo Hospital Militar da Estrela vai ter em funcionamento mais de 80 camas de cuidados continuados.

As obras para a instalação das novas camas de cuidados continuados no Pulido Valente vão ficar a cargo da Santa Casa e têm um custo estimado de 3,5 milhões de euros, segundo o provedor Pedro Santana Lopes, que adianta que esse investimento será depois contabilizado na redução da renda que deve ser paga ao Centro Hospitalar.

As camas de cuidados continuados serão uma das valência do Parque de Saúde Pulido Valente – o segundo parque de saúde de Lisboa -, que terá também duas novas unidades de saúde familiar, bem como mais consultas de especialidade e acréscimo de meios complementares de diagnóstico.

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