"Enviámos imagens TAC da anca do doente para os Estados Unidos onde foi feita uma prótese à medida, que contempla a reconstrução da articulação com o preenchimento do espaço ósseo destruído, pela prótese de metal trabecular", explica Pinto de Freitas, diretor clínico do Hospital Lusíadas Porto e médico ortopedista responsável pelo procedimento.

"Este material é altamente poroso, imagine-se um queijo suíço, para que depois seja invadido pelo tecido ósseo do doente, dando esta conjugação uma solução absolutamente inovadora", acrescenta o especialista.

"O planeamento da cirurgia e o procedimento em si foram feitos com uma precisão milimétrica e o doente teve um pós-operatório excelente. Esta é uma técnica que permite fazer reconstruções com grande grau de pormenor e certeza", esclarece Pinto de Freitas.

"Até agora, as próteses da anca têm sido revistas através da utilização de componentes especiais de maiores dimensões, nas quais se tentava substituir a perda de osso, com recurso a um enxerto de osso, geralmente de cadáver. Neste caso, recorremos à tecnologia 'Patient Matched Implant' que descarta a necessidade de exclusiva utilização de enxerto ósseo, devido às especificidades do material, e que permite que a nova prótese, pelo grau de certeza e rigor com que é feita, seja uma excelente opção no tratamento destes doentes", conclui.