De acordo com um despacho interno, assinado pelo conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), a que a agência Lusa teve acesso, não foram prestados estes serviços entre as 08:00 de domingo e as 08:00 de segunda-feira.

Na mesma nota, assinada pelo presidente do conselho de administração, João Moura Reis, não são mencionados os motivos que provocaram esta interrupção, sendo apenas acrescentado que os serviços de urgência no decorrer daquele período eram “diferidos” para o hospital de Évora, que fica a 100 quilómetros de distância.

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PCP considera situação “inaceitável”

Em comunicado enviado à Lusa, a Direção da Organização Regional de Portalegre (DORPOR) do PCP considera esta situação “inaceitável”, lamentando que não tenham sido prestados os “devidos esclarecimentos” que levaram ao encerramento do serviço de urgência de obstetrícia/ginecologia.

“O secretariado da DORPOR do PCP, ao ter conhecimento da interrupção do serviço de urgência de obstetrícia/ginecologia, no Hospital Distrital de Portalegre, por 24 horas, sem os devidos esclarecimentos, receia que possa ser prenúncio para outros constrangimentos ao direito constitucional à saúde”, lê-se no documento.

Nesse sentido, o PCP considera “inaceitável” esta situação e espera que, no futuro, “não se repitam nesta ou noutra área” da saúde casos idênticos.

A Lusa tentou obter uma explicação da administração da ULSNA sobre esta situação, mas o porta-voz da unidade, Ilídio Pinto Cardoso, informou que os responsáveis não iriam fazer quaisquer comentários.