12 de novembro de 2013 - 07h23
Os hospitais Santa Maria e Pulido Valente vão ter um banco alimentar nas suas instalações, que vai receber as sobras alimentares das duas unidades de saúde, uma medida para ajudar a comunidade e também alguns funcionários.
A iniciativa foi revelada à agência Lusa por Carlos Martins, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN), que é composto por estes dois hospitais, para quem a existência de tantas sobras causava alguma intranquilidade.
“Temos uma produção alimentar relevante. Basta pensar que temos 6.400 funcionários, na faculdade 2.400 alunos, cerca de 3.000 doentes que passam aqui por dia, o que totaliza perto de 10 mil pessoas que são potenciais clientes e sabemos que temos algum desperdício diário”, disse.
A instituição tinha sido contactada pela associação Re-food, que redireciona refeições para pessoas que têm fome, a solicitar um espaço para funcionar, o que foi aceite pelo CHLN, que assinou um protocolo para instalar a organização no campus do Hospital Pulido Valente.
“Seremos o primeiro hospital do país a ter um banco alimentar aberto à comunidade”, disse.
Carlos Martins acredita que a medida também vai beneficiar os funcionários das unidades do CHLC (Santa Maria e Pulido Valente), para os quais a instituição desenvolveu recentemente uma parceria com uma marca de combustível que lhes permite descontos.
“Este conselho de administração não pode aumentar vencimentos ou fazer progressão nas carreiras, pois está limitado por razões financeiras e legais. Mas há determinadas coisas, dentro da política de responsabilidade civil, que podemos e devemos fazer”, disse.
Para o campus do Hospital Pulido Valente – que tinha 30 por cento de áreas desocupadas, algumas em estado de degradação progressivo – vai igualmente a sede da Federação dos Dadores de Sangue (Fepodabes).
Por seu lado, a Fepodabes, que valorizou com obras o património do Hospital Pulido Valente, comprometeu-se a promover colheitas de sangue.

Lusa