Os trabalhadores dos hospitais e centros de saúde portugueses estão com acesso condicionado ao e-mail para evitar o ciberataque que desde sexta-feira tem afetado instituições e empresas por todo o mundo, incluindo os hospitais do Reino Unido. A medida de precaução foi difundida numa circular dos Serviços Partilhados do ministério da Saúde (SPMS).

"Prevê-se que estas medidas possam ser aliviadas mas só no decorrer da avaliação dinâmica dessa situação. Até lá devem ser utilizados os telefones e ofícios/faxes como forma de contacto", lê-se no documento.

Os serviços de saúde mantêm-se hoje sem qualquer registo de incidente relativo a ataques informáticos, mas têm orientações para seguir medidas de precaução, segundo os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

Fonte oficial dos SPMS indicou à agência Lusa que, até às 14:00 de hoje, não houve registo de nenhum problema ou incidente relacionado com o ataque informático de grandes dimensões à escala internacional.

A mesma fonte acrescentou não ter registo de sistemas informáticos que estejam inoperacionais por via de um ataque e disse não haver indicações para desligar os sistemas que interferem com os serviços aos utentes.

Outro dos cuidados pedidos da circular foi para que todos os computadores de funcionários do SNS fossem desligados de domingo para hoje.

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A utilização dos computadores hoje e terça-feira deve ainda cumprir alguns requisitos, como seja serem ligados sem conexão à rede (cabo ou ‘wireless’) no caso de ainda não terem sido implementadas as medidas de segurança pela informática da instituição.

Segundo a circular dos SPMS, a ligação à rede cabo ou ‘wireless’ só deve ocorrer depois de aplicadas as medidas de segurança recomendadas.

Os serviços contam emitir uma nova orientação na terça-feira ao fim do dia, dando novas indicações.

O ciberataque lançado na sexta-feira contra vários países e organizações foi de "um nível sem precedentes", admitiu no sábado o gabinete europeu da Europol (Serviço Europeu de Polícia).

O ataque informático de grandes dimensões à escala internacional atingiu principalmente empresas de telecomunicações e energia mas também a banca, segundo a multinacional de serviços tecnológicos Claranet.

Entretanto, a Claranet alertou hoje para a possibilidade de novos ciberataques e aconselhou os utilizadores a terem os sistemas atualizados, não abrir anexos desconhecidos e desligar da energia todo o equipamento suspeito de estar infetado.

Este ciberataque já afetou 150 países e 200 mil sistemas informáticos.