Os dados da “Avaliação da Qualidade de Cuidados de Enfermagem Hospitalares” correspondem ao período em avaliação decorrido entre março e julho, adiantou aquela estrutura hospitalar em nota enviada à agência Lusa.

A avaliação contabilizou um “total de 245 processos de auditoria em 49 serviços, com doentes elegíveis para a aplicação do instrumento de avaliação adotado, ‘doentes dependentes'”.

O CHUC salienta que a “meta preconizada para o ano de 2019 foi atingida pela maioria dos serviços”.

“Salientamos também que 19 destes serviços atingiram um desempenho excelente, superior a 90%, e que há uma franja elevada de serviços que tende a aproximar-se deste valor. O Índice de Qualidade Institucional foi de 88,22%”.

A reflexão incidiu sobre o índice de qualidade parcial por necessidade, desempenho por necessidade e fase do Processo de Enfermagem (PE), índice de qualidade parcial por fase do PE, e, por fim, o índice de qualidade global por serviço e institucional.

Na análise do índice de qualidade parcial por necessidade, a avaliação constatou que o índice de qualidade com desempenho excelente surge nas necessidades de respiração, alívio do sofrimento, e integridade física, exercício e mobilidade (com 97,23%, 96,26% e 91,32% respetivamente).

Com menor nível de concretização, surgem as necessidades de alimentação e eliminação (75,85% e 84,76%).

“Com um desvio padrão elevado, importa acrescentar o facto de que houve serviços que atingiram níveis de concretização ótimos (100%) e outros que necessitam de grande incremento”, lê-se no documento.

Em relação ao índice de qualidade por fases do PE, os dados revelam que se obteve um nível de concretização mais elevado na execução (97,44%) e planeamento (95,63%).

“Embora haja desempenhos excelentes de 100% em todas as fases, os dados revelam que é a fase de avaliação que apresenta um índice de qualidade mais baixo (73,86%)”, refere a nota.

Para a enfermeira diretora do CHUC, Áurea Andrade, “os indicadores explanados evidenciam a forma como os enfermeiros concebem, agem e avaliam a sua prática de cuidados, decorrente da sua tomada de decisão autónoma”.

A responsável considera que “as oportunidades de melhoria da qualidade só podem ser identificadas pela monitorização e avaliação da performance, e esta supõe, por sua vez, a existência de indicadores cientificamente validados e o envolvimento de todos, nos processos”.