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Sexualidade devem ser olhada como questão de Saúde Pública, defende especialista
29 de janeiro de 2013 - 11h52
Os gays e lésbicas que assumem a sua orientação sexual são menos stressados em relação aos que preferem manter a sua sexualidade em segredo e mais relaxados que a população heterossexual, indica um estudo canadiano divulgado esta terça-feira.
"Contrariando as nossas expectativas, os gays e bissexuais têm menos sintomas depressivos e níveis menores de carga alostática [uma medida de stress corporal] do que os heterossexuais", garante Robert-Paul Juster, líder da investigação.
Os investigadores do Hospital Louis H. Lafontaine, da Universidade de Montreal, chegaram a estas conclusões depois de testaram os níveis de cortisol - hormona que reage ao stress - e outros indicadores de tensão em homossexuais, bissexuais e heterossexuais.
"Os gays, lésbicas e bissexuais que se assumiram perante as famílias e amigos tinham sintomas menores de doenças psiquiátricas e níveis mais baixos de cortisol logo de manhã em relação aos que preferem manter a sua orientação sexual em segredo", acrescentou.
O estudo, publicado esta terça-feira na Psychosomatic Medicine, envolveu 87 homens e mulheres, com cerca de 25 anos, que foram submetidos a questionários psicológicos e exames de sangue, saliva e urina.
"Sair do armário não é mais um assunto de debate popular, mas uma questão de saúde pública. Internacionalmente, as sociedades devem esforçar-se para facilitar esta autoaceitação, promovendo a tolerância, o avanço da política e a dissipação do estigma de todas as minorias", defendeu Robert-Paul Juster.
O estudo foi realizado no Quebec, região que tem acolhido milhares de homossexuais franceses que se afirmam estigmatizados no país natal, agora envolvido num intenso debate sobre a legalização do casamento e adoção homossexual.
SAPO Saúde com AFP
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