Em todo o mundo, menos da metade dos homens com VIH/Sida está em tratamento, em comparação com 60% das mulheres, segundo um relatório publicado em Ottawa no Dia Mundial da Sida, 1 de dezembro.
Os homens também têm mais probabilidades do que as mulheres de começarem o tratamento tarde demais, interrompê-lo ou não constar dos registos de pessoas que seguem uma terapêutica.
Pelo menos 36,7 milhões de pessoas no mundo viviam com VIH/Sida em 2016. Dessas, pelo menos 21 milhões tinham acesso ao tratamento antirretroviral, segundo ONUSIDA.
A Sida, ou as doenças relacionadas, causaram a morte de um milhão de pessoas em todo mundo em 2016. Nesse ano, pelo menos 1,8 milhões de pessoas foram infetadas com a doença.
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Na África Subsaariana, os homens que vivem com VIH/Sida têm 20% menos de probabilidades de conhecer o seu estado serológico do que as mulheres. Também são, proporcionalmente, menos propensos a fazer o tratamento.
Na mesma região, à medida que os homens avançam na idade, o uso de preservativo diminui, e é mais provável que sejam VIH positivo.
O relatório adianta ainda que os homossexuais têm 24 vezes mais hipóteses de contrair VIH/Sida do que os heterossexuais. Além disso, em mais de uma dúzia de países, entre eles o México e Nigéria, mais de 15% dos homossexuais têm VIH/Sida.
No documento, a ONUSIDA também lamenta a diminuição do uso do preservativo na Austrália, na Europa e nos Estados Unidos. "Se permitirmos a complacência, o VIH/Sida instalar-se-á e as nossas esperanças de pôr fim a esta epidemia em 2030 estarão dificultadas", disse o diretor da ONUSIDA, Michel Sidibé.
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