Li Liang, de 36 anos, foi internado em 12 de fevereiro e teve alta duas semanas mais tarde, sob a condição de ficar em quarentena 14 dias. No entanto, dois dias depois, voltou a sentir sintomas e, em 02 de março, regressou ao hospital, onde morreu no mesmo dia.

A autópsia indicou que a causa direta da morte foi a COVID-19, segundo a imprensa local.

Cinco províncias chinesas registaram já casos de pacientes que voltaram a testar positivo, depois de terem recuperado da doença e recebido alta, indicou a revista chinesa Caixin.

Na província de Guangdong, adjacente a Macau, 14% dos pacientes que recuperaram da COVID-19 e receberam alta voltaram a testar positivo para o coronavírus em testes subsequentes, de acordo com a revista.

Não é ainda claro se os pacientes voltaram a estar infetados. Especialistas afirmaram que os testes positivos podem ocorrer porque a inflamação pulmonar ainda está em processo de absorção, pelo que pode ocorrer desintoxicação intermitente.

Na quinta-feira, as autoridades de saúde chinesas adicionaram a análise de anticorpos e testes às fezes e urina aos métodos de diagnóstico.

Pacientes recuperados que voltarem a testar positivo deverão fazer outro teste passadas 24 horas. Se ambos os resultados forem positivos, os pacientes devem ser hospitalizados novamente, recomendou o epidemiologista chinês Zhong Nanshan.

"Agora, a questão principal não é se alguém pode ser infetado novamente, mas se a pessoa pode ser contagiosa para os outros", disse.

Desde que foi inicialmente detetado, no final do ano passado, no centro da China, o país registou 3.012 mortes pelo novo coronavírus.

Até à meia-noite de quinta-feira (16:00 de quarta-feira, em Lisboa), foram também confirmadas 139 novas infeções, um pouco mais do que na véspera (119), para um total de 80.409 casos confirmados, segundo a Comissão Nacional de Saúde do país.

O surto de COVID-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.200 mortos e infetou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo seis em Portugal.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de COVID-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".

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