Numa altura em que o número de novas infeções está a aumentar a pressão sobre os hospitais, o governo decidiu reintroduzir várias medidas que já tinham sido descontinuadas, como a regra do distanciamento de um metro e meio, e alargar a locais como museus e esplanadas a exigência de apresentação de passe sanitário.

As novas medidas foram anunciadas pelo primeiro-ministro numa entrevista coletiva transmitida pela televisão, em que Mark Rutte aconselhou as pessoas a privilegiar o teletrabalho e a evitar a utilização os transportes públicos sobretudo nas horas de maior afluência.

“Ninguém vai ficar surpreendido que tenhamos uma mensagem difícil [para transmitir]. O Número de infeções e de internamentos hospitalares está a aumentar muito rapidamente”, precisou o primeiro-ministro holandês, sinalizando que as medidas entram em vigor a partir do próximo sábado.

A Holanda, onde cerca de 84% da população com 18 ou mais anos tem a vacinação completa, registou uma média de 7.711 novos casos de covid-19 por dia na semana passada, o que reflete um aumento de 39% face à semana anterior.

A maioria das medidas de distanciamento social tinham sido retiradas em setembro, mas o ritmo de novos casos atingiu na semana passada o nível mais alto desde julho.

Esta situação já está a refletir-se na prestação de cuidados de saúde, com os hospitais reduzirem o atendimento regular para abrirem mais espaço para os doentes covid-19.

Sublinhando a importância do cumprimento das regras básicas de higiene, Mark Rutte pediu às pessoas para ficarem em casa se apresentarem sintomas, sublinhando que o comportamento de cada um “é crucial” e que uma “grande parte” da luta contra a doença depende disso.

Na próxima semana, o Governo decidirá se amplia a exigência de apresentação do passe sanitário — prova de vacinação completa ou teste negativo à covid-19 — aos locais de trabalho.

Com 17 milhões de habitantes, a Holanda registou até agora 18.441 mortes por covid-19.

A toma de uma dose de reforço da vacina é aconselhada a todas as pessoas com mais e 60 anos.

A covid-19 provocou pelo menos 5.003.717 mortes em todo o mundo, entre mais de 247,03 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.