Em declarações à Lusa, no último dia de uma jornada de quatro dias de greve, a dirigente nacional daquele sindicato Guadalupe Simões afirmou que a "média" de adesão à greve "rondou os 80%" por turno.

O SEP está a promover ações de luta por vários hospitais do país como forma de reclamar igualdade de horários para todos os enfermeiros, uma vez que uns cumprem a semana de trabalho de 35 horas, outros de 40, contratação de mais profissionais e o pagamento de horas extraordinárias, que em Barcelos diz chegarem às três mil horas.

À Lusa, o também dirigente sindical do SEP Pedro Gonçalves explicou que esta greve em Barcelos pretende ainda "alertar" para os efeitos do cansaço dos enfermeiros na prestação de cuidados de saúde. "As causas desta greve são comuns. O Governo assumiu a semana de trabalho de 35 horas para todos e depois foi apenas para quem tem vínculo à Função Publica, havendo no mesmo serviço quem cumpra 35 horas e quem cumpra 40", disse.

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A par da redução do número de horas de trabalho, os enfermeiros do hospital de Barcelos reclama a contratação de mais profissionais. "Se com as 40 horas já há profissionais a fazerem horas a mais, com a passagem de alguns para a semana de 35 horas mais horas extraordinárias serão precisas, se se mantiver o mesmo número de profissionais", explicou.

Horas a mais que, alertou, podem ter consequências.

"Se os enfermeiros não tiverem tempo para recuperar do desgaste, a qualidade dos cuidados de saúde pode ressentir esse cansaço", alertou.