Marta Temido não concretizou datas, mas confirmou que “há várias iniciativas que estão programadas para conhecer melhor aquilo que é a realidade das coisas boas e das coisas menos boas que acontecem por esse país e irá acontecer nos próximos dias”.
A ministra falava em Vinhais, à margem da inauguração oficial da Unidade de Cuidados Continuados que está a funcionar há mais de meio ano.
O equipamento acolhe 20 doentes a necessitarem de cuidados depois de alta médica e dá resposta a uma população envelhecida, além de contribuir para fixar a mais jovem com 23 postos de trabalho, como indicou António Alberto, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vinhais, a proprietária da Unidade.
António Alberto alertou, contudo, a ministra de que a comparticipação do Estado para o tratamento destes doentes é a mesma paga em Vinhais como em Lisboa e “viver em Vinhais é muito mais difícil do que em Lisboa”.
“Aqui, ao fim de dois ou três anos, uma viatura está desfeita”, exemplificou, referindo-se ao desgaste das deslocações por longas distâncias e em vias em mau estado e com difícil traçado, de curva contra curva, como acontece com a principal estrada do concelho, que liga Vinhais a Bragança, havendo promessas para a sua requalificação desde há anos.
O presidente da Câmara, o socialista Luís Fernandes, aproveitou a oportunidade para vincar que as aldeias estão longe da sede do concelho e do hospital de referência da região, que é o de Bragança.
A própria ministra testemunhou a dificuldade da principal ligação quando lhe foi dito que pouco mais de 30 quilómetros não é rápido nestas estradas, como partilhou com os presentes.
O autarca local sublinhou a importância da ligação a Bragança, referindo que “um minuto pode fazer toda a diferença ao nível da saúde".
Marta Temido indicou que aproveita esta deslocação ao Nordeste Transmontano para ainda hoje se reunir com os responsáveis da Unidade Local de Saúde e discutir as carências locais.
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