Em comunicado hoje enviado à agência Lusa, refere-se que deputados do partido já visitaram por mais do que uma vez o edifício e que os problemas detetados se mantêm.

"O BE detetou várias falhas, como o edifício em mau estado, para além das janelas ainda serem de madeira, o que leva a constrangimentos no inverno e no verão", é referido no documento apresentado na Assembleia da República e subscrito pelo deputado Moisés Ferreira.

Segundo o referido, o acesso àquela extensão de saúde "é altamente deficitário, o que dificulta o dia-a-dia dos utentes mais envelhecidos e com pouca mobilidade, já que o único acesso que existe é através de uma enorme escadaria".

"O consultório do médico nem lavatório tem", acrescenta a fundamentação.

O BE refere igualmente que foi "prometido pelas entidades competentes" que a extensão seria transferida para umas instalações do novo Lar Padre António Genro da Silva", mas que tal ainda não ocorreu, apesar de as obras no referido lar já terem terminado.

Salientando que já solicitou informação sobre o processo, o BE também aponta que nos documentos não detetou "nenhuma referência específica à questão da deslocalização" e que a única referência que existe é numa cláusula que aponta "uma obrigação da infraestrutura ter o objetivo de servir a comunidade, sendo que ainda se têm que definir regras".

"A população de Souto da Casa merece um acesso à saúde pleno na própria localidade", apontam os bloquistas, lembrando que a localidade tem "uma população envelhecida" e que os transportes públicos são praticamente inexistentes.

Perante tudo isto, o BE questiona o Ministério da Saúde sobre se tem conhecimento desta situação, se está prevista a transferência da unidade e que alternativas tem o Governo para resolver o problema da extensão de saúde, caso a transferência não se verifique.