Numa pergunta enviada à ministra da Saúde através da Assembleia da República, os deputados questionam se Marta Temido confirma que o Hospital da Guarda "está sem efetuar cirurgias ao estômago e cólon por falta de equipamento de laparoscopia" e que medidas está a tomar para resolver a situação com a "máxima urgência".

No documento, os deputados perguntam ainda se "está a ser usado um aparelho com 12 anos, que tem estado parado por estar obsoleto", e se a titular da pasta da Saúde confirma a intenção de aquela unidade alugar um equipamento enquanto não é adquirido um novo.

Segundo os parlamentares do CDS-PP, na terça-feira, o Jornal de Notícias deu conta de que "o Hospital da Guarda está sem efetuar cirurgias ao estômago e cólon por falta de equipamento de laparoscopia", porque a empresa que emprestou o material, em 2016, "decidiu removê-lo e deixou o serviço reduzido a um aparelho com 12 anos, parado por estar obsoleto".

Em declarações ao jornal, fonte da administração da Unidade Local de Saúde da Guarda afirmou que "está em marcha um concurso público para aquisição de uma nova torre laparoscópica, concurso que, no entanto, ainda está por publicar na plataforma do Estado", refere o CDS-PP.

O partido explica ainda que "deverá ser feito o aluguer de outro aparelho enquanto não chegar o novo, não se sabendo, no entanto, quando é que se prevê que esse aluguer seja concretizado e disponibilizado o aparelho".

Os dois deputados referem ainda que, de acordo com a mesma notícia, "a torre laparoscópica deu entrada no Hospital da Guarda em 2016 e o seu uso permite uma técnica menos invasiva, que é usada na Guarda em cerca de 400 cirurgias anuais".

"Em circunstâncias normais, reduz o tempo da intervenção, de internamento e de recuperação do doente", rematam João Rebelo e Ana Rita Bessa.