“Aqui, na Região [Autónoma da Madeira], uma greve nacional tem um impacto praticamente nulo, o que vale para podermos analisar quais são as condições que aqui são dadas aos profissionais de saúde, qual a atratividade que as carreiras merecem e o investimento que o Governo faz na progressão das carreiras e no incentivo à produtividade”, disse o presidente dos sociais-democratas madeirenses após ter visitado o centro de saúde da Calheta, na zona oeste da Madeira, no âmbito do programa “Sentir Portugal” que decorre nesta região autónoma.
Segundo os dados do Governo Regional apenas cinco médicos dos cuidados primários aderiram à paralisação de hoje.
O dirigente nacional do PSD disse que a área dos recursos humanos é aquela em que o “Serviço Nacional de Saúde mais falha, com profissionais que não têm motivação, esperança ou qualquer perspetiva de progressão”.
“Se o Governo da República não tratar deste assunto - já vamos tarde -, vamos perder os recursos humanos para o setor social e privado e vamos criar uma grande desigualdade no acesso aos cuidados” de saúde”, opinou.
Em termos nacionais, e de acordo com o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que convocou a paralisação, a adesão à greve dos médicos do setor público ronda os 90% nos hospitais e nos cuidados de saúde primários.
Os médicos iniciaram hoje uma greve nacional de três dias para forçar o Governo a apresentar uma proposta concreta de revisão da grelha salarial, que o ministro da Saúde prometeu na segunda-feira enviar aos sindicatos.
Convocada pelo SIM, a paralisação decorre em simultâneo com uma greve dos médicos de família ao trabalho extraordinário, iniciada na segunda-feira e que terá a duração de um mês.
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