Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, foi autorizada a realização de despesa para a celebração do contrato da empreitada da obra pública da construção do novo Hospital Central do Alentejo, pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo.

Na conferência de imprensa realizada no final da reunião do Conselho de Ministros, a titular da pasta da Saúde, Marta Temido, explicou que a resolução aprovada vai "autorizar a ARS do Alentejo a assumir a realização da despesa no montante máximo de cerca de 150 milhões de euros".

O Governo determinou também "a repartição de encargos com esta despesa por quatro anos", até 2023, referiu a ministra da Saúde, indicando que "as verbas a afetar ao projeto estão inscritas e serão verbas também a inscrever no orçamento da ARS do Alentejo".

A ministra realçou que o novo Hospital Central do Alentejo destina-se a substituir o atual Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) e vai "funcionar como hospital central para toda a região do Alentejo".

A futura unidade hospitalar, disse, vai ter "um elevado 'plateau' tecnológico, que permite responder às necessidades assistenciais de toda a população do Alentejo, reduzindo significativamente o recurso a cuidados fora da região, quer ao nível das camas de cuidados intensivos e intermédios, quer ao nível das salas de bloco operatório e de recobro".

Por outro lado, acrescentou, "o projeto tem uma incidência significativa de áreas de ambulatório, acompanhando as modernas tendências de prestação de cuidados, e irá garantir também um conjunto de novas especialidades, como cirurgia plástica, vascular e imunoalergologia, infecciologia e neurologia, entre outras".

Marta Temido assinalou ainda que "a candidatura ao financiamento comunitário está preparada" e que "o prazo para a sua entrega acontecerá até ao final de setembro".

A empreitada vai ser financiada por fundos comunitários do programa Portugal 2020, através de apoios do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

O novo hospital, que será construído na periferia de Évora, vai ter um edifício que ocupará uma área de 1,9 hectares e que terá uma lotação de 351 camas em quartos individuais, que pode ser aumentada, em caso de necessidade, até 487 camas.

A futura unidade hospitalar vai dar resposta às necessidades de toda a população do Alentejo, com uma área de influência de primeira linha que abrange cerca de 200 mil pessoas e, numa segunda linha, mais de 500 mil pessoas.

A infraestrutura contará com 11 blocos operatórios, três dos quais para atividade convencional, seis para atividade de ambulatório e dois para atividade de urgência, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro.