30 de janeiro de 2013 - 12h11
França suspendeu hoje a venda da pílula Diane 35, ligada à morte de quatro mulheres em 25 anos, anunciou a Agência de Segurança Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (ANSM) francesa.
O diretor da ANSM, Dominique Maraninchi, disse em conferência de imprensa que a medida será aplicada de modo faseado durante três meses para permitir às utilizadoras do medicamento encontrarem uma alternativa.
A ANSM tinha anunciado no domingo que relacionou a Diane 35, do laboratório Bayer, com quatro mortes por trombose venosa, depois de uma investigação que começou com a denúncia de uma jovem vítima de um acidente vascular cerebral.
O medicamento é autorizado para tratar a acne, mas os médicos têm-no receitado como contracetivo porque impede a ovulação, disse Maraninchi.
“Este medicamento não está autorizado para utilização como contracetivo”, insistiu, adiantando que existem em França “muitos contracetivos alternativos que podem ser usados”.
Em 25 anos, quatro mulheres morreram de coágulos sanguíneos atribuídos à Diane 35, segundo a ANSM, que indicou que mais de 300 mil mulheres usam o medicamento como contracetivo em França.
Após um pedido feito pela França, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou na segunda-feira que ia analisar a terceira e quarta geração de contracetivos orais combinados para determinar se será necessário restringir a sua utilização.
Em declarações à agência Lusa na segunda-feira, Luís Graça, presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal (SPOMMF), classificou de alarmistas as notícias que associam mortes à toma de uma pílula.
O médico assinalou que qualquer medicamento tem sempre algum risco associado e que, no caso da pílula, os benefícios superam os riscos.
A Sociedade Portuguesa de Contraceção (SPdC) e a Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG) disseram no mesmo dia não ver motivos para que as mulheres utilizadoras de pílula suspendam a sua toma, desde que o medicamento seja tomado sob orientação médica.
Em comunicado conjunto indicaram não encontrarem “qualquer motivo para uma alteração na prescrição dos contracetivos hormonais combinados, incluindo a associação de etinil-estradiol e acetato de ciproterona (Diane35R e seus genéricos)”.
Lusa

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