
Antes de certificar o produto, a TÜV deveria ter feito 13 testes de controlo na fábrica da PIP entre outubro de 1997 e janeiro de 2010. Mas não fez e por isso não constatou as falhas que o produto continha.
O escândalo das próteses mamárias da empresa francesa Poly Implant Prothèse (PIP) foi revelado em março de 2010, quando se soube que a companhia utilizava um gel de silicone não aprovado para uso médico, ao invés do gel Nusil autorizado, que declarava empregar.
Para a associação das vítimas das próteses fraudulentas, a PIPA, a decisão da reabertura do caso "volta a dar esperança a milhares de vítimas no mundo".
"O caminho está aberto para a indemnização das 400.000 mulheres vítimas do esquema", reagiu o advogado da associação, Olivier Aumaitre. "Com 15.000 euros por paciente atingimos o valor de seis mil milhões de euros", acrescentou.
A TÜV defende em comunicado que "a fraude cometida pela PIP não poderia ser detetada pela TÜV Rheinland LGA Products GmbH e não poderia ser descoberta no âmbito das missões de regulamentação atribuídas aos organismos notificados".
Quase um milhão de próteses defeituosas foram vendidas entre 2001 e 2010 pela PIP.
Estima-se que o número de vítimas no mundo ronde as 400.000 pessoas.
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