"Debatemo-nos muito com falta de pessoal, nomeadamente na parte auxiliar, temos sensivelmente falta de 100 trabalhadores em todo o CHUA e isto acarreta muitas horas de trabalho suplementar", declarou Rosa Franco, lamentando que só se fale da falta de médicos e enfermeiros.

Segundo a sindicalista, à adesão ao último dia de greve, hoje, em Faro, teve uma adesão de "quase 100%", obrigando ao adiamento de consultas externas e de cirurgias programadas, assim como à paralisação do bloco operatório, que só funcionou para as urgências.

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"Hoje provou-se que os auxiliares fazem muita falta nos serviços de saúde", declarou Rosa Franco aos jornalistas, junto ao edifício da administração do centro hospitalar, em Faro, onde se concentraram uma dezena de funcionários para entregarem à administração um documento reivindicativo.

Salários baixos

Contudo, mesmo colocando 100 novos funcionários para suprir o número de auxiliares que têm saído sem serem substituídos, o problema não ficaria totalmente resolvido, alertou a dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas.

"Há alguns trabalhadores já numa faixa etária muito avançada e já não aguentam, mês após mês, com 16 horas por dia e chegar ao fim do mês com 550 euros", referiu, sublinhando que os trabalhadores têm que ser "devidamente substituídos ao final de cada turno, como é normal".

A dirigente sindical lamentou ainda que só fale da necessidade de contratação de médicos e enfermeiros e se esqueça que fazem falta mais auxiliares, administrativos e trabalhadores das carreiras técnicas.

"Temos denunciado a situação aos ministérios da Saúde, Finanças e ao Conselho Administração do CHUA, que diz que não pode contratar enquanto não tiver autorização", concluiu.